Uma das coisas que me irrita são os revolucionários...
Sim, revolucionários...
Não todos os revolucionários, mas os pré-fabricados, aqueles que carregam de baixo do braço o Manual de Como Ser Um Revolucionário.
Deixe-me explicar... Ou tentar...
Estou cursando História e, para minha tristeza, encontro nos corredores de minha faculdade uma boa dezena destes.
Quando passei no vestibular para este curso, a primeira pergunta que escutei foi:"Já comprou a camiseta do Che Guevara?"
Sinceramente... Não e também não está nos meus planos.
Não que não goste do Che ou tenha algo contra ele, respeito muito a História e suas conquistas, mas sou mais seguidor de Marcus Garvey ( ah... Você não conhece? Dá uma procurada no Google, e veja a História dele, pelo menos por curiosidade...)e até da Irmã Dulce...(sim ela mesma...)

Mas, voltando...
Já escrevi sobre isto, acredito nas revoluções individuais, a diferença começa comigo, ainda mais que também acredito que uma pessoa influencia, no mínimo, mais duas e assim segue...

O grande problema é este, talvez senso de mudança ou de infinita devoção contra o sistema.
Tudo é ruim , e "o correto sou eu"...
Este manual que diz que devo saber tudo sobre Karl Marx, devo deixar a barba crescer e me filiar ao partido de oposição da moda, digo da moda, sem desmerecer o PSOL, mas daqui a pouco surge outro partido dizendo-se mais revolucionário que os outros ...

Outro dia, entrei no Orkut e estava lá um convite para aceitar uma pessoa, como deve ser comum a todos fui ver quem era a pessoa, e lá estava uma das revolucionárias que falei acima...
Resolvi, então dar uma olhada no perfil dela, um perfil bem simples:
Comunidades relacionadas a isto, entre outras coisas, mas... Aqui está o mas...
Lá estava uma foto dela comendo um BigMac.

Será que o problema sou eu?
Não me acho revolucionário, nem pretendo ser, já tenho problemas demais (hehehe)
Mas , acredito que tudo é uma questão de bom senso.
Se sou contra o sistema, sou contra o sistema, se digo" Fora Bush !" , tenho que fazer algo para isto acontecer, mesmo esquecendo que talvez meu prefeito deva sair mais rápido que o Bush.
Se prego o anti-americanismo (será que existe esta palavra?), então não vou usufruir de nada que venha dos Estados Unidos da América.

Não como BigMac, não por ser contra, mas porque não gosto mesmo, prefiro só o sorvete de lá.
Não levanto bandeiras.
Acho que sou um chato mesmo.
Devo ter a Síndrome da Velhice Precoce.

Sabe de uma coisa...
O que seria do mundo sem estes sonhadores, não é?